Festival de Veneza. Belezas americanas e outros amores de perdição
Arranca hoje a 69.ª edição da mais antiga mostra internacional de cinema, 80 anos depois do evento se ter estreado em Veneza. Até dia 8 de Setembro, a balança divide-se entre americanos e franceses, com as devidas intromissões de russos, sauditas, coreanos e outros pesos pesados. Um desfile à beira dos canais liderado por Terrence Malick, Brian de Palma e Paul Thomas Anderson.
Mais ou menos sóbrios, o auditório de Campo San Polo livra-se do défice em nomes de peso, quando passam 80 anos sobre os primórdios da mostra. Depois da Palma de Ouro que obteve com “A Árvore da Vida” em 2011, Terrence Malick abre o livro do amor em Veneza com “To The Wonder”, protagonizado por Ben Affleck, Rachel Weisz e Rachel McAdams. Paul Thomas Anderson alinha pelos favoritos com “The Master”, um drama com Joaquin Phoenix, Philip Seymour Hoffman e Amy Adams. Ao trio de ataque norte-americano junta-se Brian de Palma, que arrebatou o prémio de melhor realizador na sua última visita a Veneza, regressando com “Passion”, com Noomi Rapace e Rachel McAdams.
Da França, com a segunda maior presença no certame, chegam Olivier Assayas, com “Après Moi”, e Xavier Giannoli (“Superstar”), enquanto a representação asiática dispensa apresentações. Do japonês Takeshi Kitano, com “Outrage Beyond”, ao coreano Kim Ki-Duk, com “Pietá”, sem esquecer o filipino Brillante Mendoza, com “Thy Womb”.
Depois do triunfante “Fausto”, na edição de 2011, a armada russa marca presença em campo com Kirill Serebrennikov e “Betrayal”. Fora da mostra oficial será possível ver ainda os novos filmes de Robert Redford, Spike Lee, Jonathan Demme e Manoel de Oliveira.
O Prémio Carreira será entregue a Francesco Rosi, autor de “A provocação”, do emblemático “O caso Mattei”. E ainda de “Crónica de uma morte anunciada”, baseado no romance homónimo de Gabriel García Márquez. O júri internacional, presidido este ano pelo realizador Michael Mann, irá avaliar cerca de 20 obras.
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